O Diabo Veste Prada: realidade assustadora
Não estou inspirado para escrever, mas tenho que fazer um registro.
No último domingo fui assistir ao filme O Diabo Veste Prada. Ótimo, engraçado, e realista (claro, se você abstrair e esquecer que é Hollywood). Realista porque como jornalista me senti na pele de Andy Sachs (vivida por Anne Hathaway) quando trabalhei por cerca de um mês num famoso portal de Internet.
Lá também havia uma Miranda Priestly (Meryl Streep, que, acredito, será indicada ao Oscar pela também ótima interpretação). Vendo o filme, lembrei de várias coisas que vi acontecerem no tal portal: os abusos da editora-chefe, a não-permissão para argumentar, o clima tenso e aquela idéia que muitos chefes têm de que “repórteres não pensam, recebem pauta”.
Acho que este filme deveria ser indicado para aqueles sonhadores que acham que o jornalismo é o glamour e salário do William Bonner e da Fátima Bernardes. A certa altura do longa (não vou contar os detalhes) rola uma reunião de pauta na revista fictícia, a Runway. Ali, o vestibulando que não conhece como funciona o nosso mundo pode entender o que o espera.
A diferença da realidade nova-iorquina e a brasileira (não apenas paulistana) é que lá, encontrar emprego caso você não esteja contente com o atual é muito mais fácil. Ah, e o salário vem em dólar.
No último domingo fui assistir ao filme O Diabo Veste Prada. Ótimo, engraçado, e realista (claro, se você abstrair e esquecer que é Hollywood). Realista porque como jornalista me senti na pele de Andy Sachs (vivida por Anne Hathaway) quando trabalhei por cerca de um mês num famoso portal de Internet.
Lá também havia uma Miranda Priestly (Meryl Streep, que, acredito, será indicada ao Oscar pela também ótima interpretação). Vendo o filme, lembrei de várias coisas que vi acontecerem no tal portal: os abusos da editora-chefe, a não-permissão para argumentar, o clima tenso e aquela idéia que muitos chefes têm de que “repórteres não pensam, recebem pauta”.
Acho que este filme deveria ser indicado para aqueles sonhadores que acham que o jornalismo é o glamour e salário do William Bonner e da Fátima Bernardes. A certa altura do longa (não vou contar os detalhes) rola uma reunião de pauta na revista fictícia, a Runway. Ali, o vestibulando que não conhece como funciona o nosso mundo pode entender o que o espera.
A diferença da realidade nova-iorquina e a brasileira (não apenas paulistana) é que lá, encontrar emprego caso você não esteja contente com o atual é muito mais fácil. Ah, e o salário vem em dólar.
3 Comments:
Que coincidência! Também assisti o filme no domingo. Confesso que até hoje este foi um dos filmes que soube retratar com riqueza de detalhes o comportamento do dono do circo e também como funciona os bastidores do picadeiro.
By Contorcionista, at 7:08 PM
Mas o que me deixa desolada é que até a tal da Miranda é mais humana que muito chefe por aí. Ela chega a sorrir quando a palhaça cumpre as missões impossíveis. Alguém já ganhou um sorriso em retribuição às missões impossíveis? Eu nunca.
By Anonymous, at 9:49 AM
Parece que sou uma abençoada
Só tive chefes fenomenais. Os três a quem estou me referindo discutiam as pautas comigo, mandam-me pra casa quando estava muito tarde, falam pra eu tirar férias mesmo com o mundo caindo e viviam me elogiando. Almocávamos juntos e combinávamos programas fora do horário de trabalho. Acho que tenho estado no paraíso e nem sabia. Beijocas.
By Denise Sammarone, at 8:19 PM
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