Os entrevistados
Existem entrevistados que me assustam. No auge do desemprego, quando vivia de um frila para outro, fui enviada a uma entrevista com Fábio Jr.
Não bastasse eu não saber nada da carreira do moço e sair da redação com a missão de conseguir um furo (numa entrevista de lançamento de CD é fácil, né?), ainda tive de lidar com o ego gigante dele. Meia hora de atraso depois, a assessora (essa sim uma fofa) me chamou para a sala do cantor de "Alma Gêmea".
O escritório era assustador. Paredes cheias de fotos dele em todos os momentos da carreira, com todos os figurinos, fazendo todas as caras e bocas. Quem assistiu a "Harry Potter e a Câmara Secreta" se sentiria na sala do professor Gilderoy Lockhart, aquele que se dizia o melhor mágico do mundo, mas não passava de uma fraude.
A entrevista aos soquinhos, sem fluir de jeito nenhum, ele respondendo todas as mais elaboradas questões com "sim" ou "não". E, de repente, o moço se levanta. Eu pensei, putz, o cara surtou, vai sair correndo e me enxotar daqui. Que nada, foi arrumar um quadrinho com uma de suas fotos que estava milimetros fora do lugar.
A partir deste momento, não fiz mais que duas perguntas e encerrei a entrevista. Pena que a gente nunca pode escrever essas coisas na matéria.
* Enviada pela colaboradora Trapezista
Não bastasse eu não saber nada da carreira do moço e sair da redação com a missão de conseguir um furo (numa entrevista de lançamento de CD é fácil, né?), ainda tive de lidar com o ego gigante dele. Meia hora de atraso depois, a assessora (essa sim uma fofa) me chamou para a sala do cantor de "Alma Gêmea".
O escritório era assustador. Paredes cheias de fotos dele em todos os momentos da carreira, com todos os figurinos, fazendo todas as caras e bocas. Quem assistiu a "Harry Potter e a Câmara Secreta" se sentiria na sala do professor Gilderoy Lockhart, aquele que se dizia o melhor mágico do mundo, mas não passava de uma fraude.
A entrevista aos soquinhos, sem fluir de jeito nenhum, ele respondendo todas as mais elaboradas questões com "sim" ou "não". E, de repente, o moço se levanta. Eu pensei, putz, o cara surtou, vai sair correndo e me enxotar daqui. Que nada, foi arrumar um quadrinho com uma de suas fotos que estava milimetros fora do lugar.
A partir deste momento, não fiz mais que duas perguntas e encerrei a entrevista. Pena que a gente nunca pode escrever essas coisas na matéria.
* Enviada pela colaboradora Trapezista