Pra que faculdade? Vamos de rádio peão!

Belo dia, o louco do editor-chefe grita de sua sala que havia um acontecimento. Não me lembro mais se era um assalto em andamento ou um resgate sendo realizado pelos bombeiros. O negócio é que eu não havia ouvido nada até então e os colegas de outras redações e mídias com quem costumava trocar figurinhas também não.
Eu e minha editora saímos ligando para Deus e o mundo atrás da notícia. Polícia, bombeiros, colegas, fontes, assessores. Ninguém sabia de nada. Informamos ao elemento chefe. Que disse que estávamos errados e que não sabíamos nem apurar uma nota. Continuamos tentando, mas ninguém sabia de nada, principalmente as fontes oficiais.
Então a editora foi à sala dele para argumentar e perguntar qual era a fonte dele pra gente ter mais um caminho a seguir. Depois de muito insistir ele disse pra gente esquecer porque tinha sido a empregada da editora-executiva que havia ligado para esta perguntando se a gente já tinha a notícia. A manda-chuva ligou para o editor-chefe cobrando a nota, que por sua vez ligou pra gente.
Ah, como a tal empregada ficou sabendo da notícia que não aconteceu? Ela estava sintonizada no programa Paulo Barbosa e ouviu o falso acontecimento. A “pauteira” então fez o alarde.
Polícia, bombeiros e cia. nunca confirmaram a notícia.